segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E a febre amarela?

Depois das primeiras notícias a respeito da febre amarela, viajar para alguns estados brasileiros tornou-se uma atividade tensa. O Viagem & Lazer consultou o especialista em medicina do viajante, Dr. Marco Foltran, e traz esclarecimentos sobre o assunto.

1. O que é febre amarela?
É uma doença causada por um vírus e transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. A intensidade dos sintomas pode variar muito, desde quadros simples com febre e mal estar até morte por falência de múltiplos órgãos.

2. Como está a situação da febre amarela no Brasil?
Até o fim de janeiro  de 2008, 40 casos foram notificados, destes, 19 foram confirmados para febre amarela, onde 10 evoluíram para óbito e nove foram curados. Cinco casos ainda permanecem em investigação. Os locais confirmados para a doença foram áreas silvestres dos estados de Goiás, Brasília e Mato Grosso do Sul. Nenhum caso foi de febre amarela "urbana", ou seja, o risco de contágio está restrito às áreas de floresta.


3. Quem deve se vacinar?
Habitantes de área de risco ou quem vai viajar para estas áreas. A vacina passa a valer após 10 dias da aplicação e seu efeito dura 10 anos. Não se recomenda revacinar antes de completar o período de 10 anos.

4. Quem não pode se vacinar?
As contra-indicações para a vacina são: crianças menores de nove meses, alérgicos a ovos, pessoas com baixa imunidade (portadores do vírus HIV, transplantados e pós-tratamento de câncer). Quem recebeu sangue e derivados a menos de oito semanas também deve aguardar. Gravidez e idade avançada são contra-indicações relativas e devem ter uma avaliação caso a caso. Nesses casos, o viajante pode obter um certificado válido para viajar nos postos de vacinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), bastando levar documento com foto e declaração assinada pelo médico com a justificativa da impossibilidade em tomar a vacina.

5. Países que exigem o certificado internacional de vacinação:
Dependendo do país, as exigências do certificado de vacinação podem variar. Existem países que exigem o documento de todos os viajantes, outros, somente daqueles que vêm de países de risco. Para cidadãos brasileiros ou estrangeiros que aqui estiveram recentemente, alguns países da África e da América do Sul exigem o documento e não é possível sequer entrar no país sem comprovar o estado vacinal. Para a Europa e América do Norte, não são exigidos comprovantes. Como estas regulamentações podem mudar, a dica para os viajantes é buscar informação atualizada junto aos consulados ou na página da organização mundial de saúde (OMS). No site da Anvisa (www.anvisa.gov.br), existe uma seção específica para viajantes com um atalho para a página da OMS.

6. E para viajar dentro do País?
Não há obrigatoriedade da vacina. Mais importante do que a exigência da vacina é a preocupação com a saúde. O risco está restrito às áreas de floresta, ou seja, numa viagem a negócios para a cidade de Brasília o risco é imperceptível, agora, se esta viagem incluir um churrasco numa chácara a alguns quilômetros da capital federal, o quadro muda completamente.
Fonte: Caderno Viagem e Lazer - Jornal O Povo - Edição de 06/03/08.
 Boa Viagem!

Turista de barrigão

O bebê está chegando? Mais do que nunca é hora de se divertir. Veja as dicas para as futuras mamães levantarem o astral e aproveitarem a gravidez em grande estilo. 
Durante os nove meses de espera toda gestante passa por um mix de emoções; alegria misturada à ansiedade e ao medo provocados pela novidade que está para chegar. A melhor forma de lidar com essas emoções é procurar atividades que tragam prazer e tranqüilidade, ficar perto dos amigos, celebrar os momentos e viajar com o maridão... Então que tal curtir a natureza, respirar ar puro, caminhar na areia, tomar um banho de mar ou passar uma temporada na serra para relaxar as tensões? O médico Marco Foltran, especialista em Medicina do Viajante, lembra que é preciso tomar alguns cuidados na escolha do destino, do transporte até lá e dos tipos de hospedagem e passeios. Confira as dicas para você curtir a viagem sossegada.
Para Onde Ir
Dê preferência a lugares que tenham fácil acesso a hospitais e atendimento médico, caso seja necessário. Certifique-se também se existe proliferação de doenças no local. Tenha sempre em mãos seu histórico clínico de exames e tipo sanguíneo e verifique se seu plano de saúde tem cobertura na cidade que você vai visitar.

No avião
As empresas aéreas exigem atestado médico de grávidas que estejam viajando até quatro semanas antes da data prevista para o parto ou que tenham complicações na gestação. O atestado deve ser emitido durante a semana que antecede o embarque, mas gerentes de balcão e comandante têm autonomia para vetá-lo, desde que considerem um risco. Durante o vôo, o ideal é fazer caminhadas curtas para ativar a circulação.

No navio
Certifique-se de que o navio tem assistência médica a bordo para atender em caso de eventual emergência em alto mar. Para evitar enjôos, peça que seu médico indique um medicamento adequado e não esqueça de controlar a alimentação. Prefira frutas e alimentos leves e, em caso de exagero, procure compensar com caminhadas pelos corredores ou exercícios na piscina.

No carro
Confira as condições da estrada, para evitar enjôos. Sempre use o cinto de segurança abaixo do abdômen para não machucar ou comprimir a barriga. Em caso de viagens longas, faça paradas de cerca de 10 a 15 minutos a cada noventa minutos de estrada, para caminhar e ativar a circulação. Beba bastante líquido e vá ao banheiro sempre que tiver vontade.

Bagagem
Procure sempre usar roupas leves e confortáveis. Leve na bagagem meias próprias para grávidas e sapatos baixos. Não esqueça de ter sempre à mão a carteirinha pré-natal, telefone de emergência do seu médico e alimentos ricos em fibras, frutas e bolachinhas.

CUIDADOS

1º trimestre (0 a 12 semanas)
É seguro viajar, mas não esqueça dos cuidados indicados pelo médico. Viagens longas poderão causar desconforto devido à maior freqüência de enjôos.

2º trimestre (13 a 28 semanas)
Essa pode ser a melhor época para viajar, lembrando sempre dos cuidados que devem ser tomados.

3º trimestre (29 a 40 semanas)
Evite viagens em caso de complicações médicas, gravidez de gêmeos e em caso de partos prematuros no passado. Viajar neste período exige um termo de responsabilidade. Peça ao médico uma autorização por escrito comprovando que a viagem é segura para você e para o bebê e que não existem riscos de entrar em trabalho de parto nas próximas 72h. Esteja atenta à política da companhia.

Boa viagem!

Fonte: Caderno Viagem e Lazer - Jornal O Povo - Edição de 11/10/07.

Vai viajar com crianças?

Meus filhos precisam consultar com um pediatra ou uma clínica de Medicina do Viajante antes de viajarmos ?

SIM. Seus filhos tem mais chances que você de ficarem doentes ou sofrerem algum acidente durante uma viagem.

Que tipo de preparação meus filhos precisam ?

Assim como você, elas necessitarão receber algumas vacinas e medicamentos para previnir malária, quando forem para área de risco (bacia amazônica, certas partes da África, Asia e Oceania). Além disso, você deverá aprender como:

* Evitar que seu filho tenha diarréia e como tratá-lo caso ele adoeça
* Proteger seu filho contra insetos, especialmente mosquitos (que transmitem malária, dengue, febre amarela, leishmaniose, etc)
* Evitar acidentes, o que representa um dos maiores riscos para crianças

Quais vacinas elas precisam ?
Assim como você, as crianças devem estar em dia com seu calendário vacinal para previnir muitas doenças. Isto inclui:

* Tétano, difteria e coqueluche (DPT)
* Haemophilus (Hib)
* pneumonia (pneumococcus),
* catapora (varicela)
* poliomielite
* sarampo, caxumba e rubéola (MMR)
* hepatite B

Algumas vezes é necessário acelerar o calendário vacinal, afim de completar todas vacinas antes da viagem. Assim como algumas vacinas, como contra sarampo, podem ser antecipadas para evitar uma provável exposição durante a viagem

Existe risco deles apresentarem diarréia e o que devo fazer se isso acontecer ?

Crianças, assim como adultos, frequentemente apresentam diarréia durante viagens, o que tende a ser mais severo nelas. Crianças costumam apresentar mais episódios de vômitos associados com a diarréia. Assim como os adultos, as crianças devem evitar alguns alimentos. Além disso, se elas estão sendo amamentadas, o aleitamento materno deve ser mantido durante a viagem pois isto protege o bebê contra bactérias nocivas (germes). Se a criança estiver recebendo algum tipo de fórmula, a água utilizada deve ser segura. Água fervida é a mais segura. Crianças maiores que tomam leite, assegure-se de deixá-lo seguro, o que pode ser feito fervendo o leite e deixando-o resfriar. Leite em caixa (irradiado UHT) também é seguro.

* Se seu filho apresentar diarréia, você deve encorajar maior consumo de líquidos e manter a dieta regular, se ele não estiver vomitando. Se ele começar a desidratar, comece líquidos de rehidratação como recomendado abaixo..

Se a criança estiver vomitando você deve começar fluidos de rehidratação, como os sais de rehidratação, para repor as perdas. Você pode comprá-los na maioria das farmácias com o nome de Sais de Rehidratação Oral (SRO), que são disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Você deve misturar os sais conforme instruções no pacote com água tratada (fervida) para dar para a criança.

* As crianças que estão vomitando podem estar com muita sede, o que pode fazer com que elas bebam em excesso e muito rapidamente, resultando em novos episódios de vômitos. É fundamental fazer com que a criança receba pequenas quantidades e com grande frequência. Você deve dar uma colher de chá a cada dois a três minutos. Se a criança aceitar bem, você pode aumentar a frequência ou a quantidade. Caso a criança volte a apresentar vômitos, você deve novamente reduzir a quantidade.

* Tratamento de diarréia. Em crianças com mais de cinco anos, assim como adultos, pode-se usar subsalicilato de bismuto para reduzir a frequência da diarréia. Crianças mais novas não devem usar loperamida. Para casos severos de diarréia, a criança deve receber um antibiótico conforme previamente prescrito.

Tenho que me preocupar com malária?

SIM. Malária em crianças, principalmente naquelas que nunca apresentaram a doença anteriormente, pode ser muito grave. Na verdade, nas formas graves de malária, crianças, bem como qualquer pessoa que nunca tenha apresentado a doença anterioremte, podem morrer em menos de 12 horas do início dos sintomas. Converse com seu médicosobre malária e como previnir que seus filhos tenham picadas de mosquito e que medicações eles devem tomar para previnir a doença.

Qual é o problema mais grave e mais provável de ocorrer com meus filhos durante nossa viagem?

Trauma/acidentes são as piores coisas imagináveis para ocorrer com crianças durante viagens.
* Fique bem atento quando estiver próximo a rodovias, use cinto de segurança e lembre-se que o lugar mais seguro para uma criança dentro de um carro é no meio do banco de traseiro

* Fique atento quando estiver próximo a água, pois afogamento é muito comum.

* Existem coisas que a criança pode não estar acostumada no sua rotina e podem ser perigosas como fios elétricos, veneno contra rato e exposição a animais que podem ser portadores de doenças.

* Inspecione areas onde a criança vai brincar para ter certeza da segurança.


Existe alguma medicação que possa usar nos meus filhos se eles não conseguirem dormir durante o vôo?

Não existem medicamentos mágicos e seguros que façam as crianças dormirem durante o vôo. Dfenidramina, que também é usado para coriza e alergias pode deixar algumas crianças sonolentas. Ele não conseguirá adormecer uma criança que se encontre agitada, mas facilitará o sono para aquela criança que dorme, mas acaba acordando várias vezes devido a movimentação ao seu redor. Se você decidir usar esta medicação, teste inicialmente em casa, pois algumas crianças (3 em cada 100) ficam hiperativas ao invês de sonolentas. Este tipo de medicação costuma ser vendido sem receita médica.


O que acontece com o ouvido dos bebês e das crianças durante o vôo?

Cerca de 15 em cada 100 crianças pequenas que voam apresentarão dor de ouvido. Isto geralmente ocorre quando o avião está pousando. Durante a descida pode ajudar se você der algo para a criança beber, pois isto pode ajudar a descompressão dos ouvidos.

Coisas para lembrar durante sua viagem.

Diarréia: Se uma criança apresentar mais que o dobro de evacuações que ela habitualmente apresenta e estes episódios forem diarreicos, você deve usar o antibiótico prescrito pelo seu médico. Isto é especialmente válido para casos acompanhados de febre, dor abdominal ou sangue nas fezes. Se houver apenas uma diarréia leve, mantenha a dieta habitual.
Vômitos com diarréia: Use os Sais e Soluções de Rehidratação. Você pode adquiri-los facilmente em diversas farmácias no exterior. Misture com água tratada conforme orientações e dê em pequenas quantidades, como uma colher de chá a cada 3 a 5 minutos. Aumente a quantidade conforme a criança tolerar. Reduza a quantidade caso a criança volte a apresentar vômitos e retome a dieta normal assim que for tolerada.

Doença grave ou incapacidade de tomar líquidos: Procure por uma boa assistência local. Se você possuir seguro, eles podem auxiliá-lo a encontrar um bom lugrar. Se seu filho necessitar de injeções ou de hidratação endovenosa (soro na veia), assegure-se de que as agulhas são estéreis e nunca foram utilizadas anteriormente.

Estas orientações não substituem a consulta médica.

Boa viagem!

Remédios para viagem

Alguns países, erradamente, como o Brasil não exigem prescrição médica para o uso de certas substâncias, como, por exemplo, os antibióticos. A facilidade da automedicação gera casos de morbidade e mortalidade todos os anos. Durante suas viagens, as pessoas tomam remédios, seja por medo de doenças raras ou para não perder nenhum minuto da viagem, e ás vezes, tomam demais. Por isso, um médico é que deve lhe dizer quais medicamentos levar no seu kit e principalmente, como e quando tomá-los.

Para não cometer erros, o melhor é seguir as instruções de seu médico e ler a bula dos medicamentos do kit. Pessoas portadoras de doenças crônicas devem levar seus remédios num estoque compatível com o período da estada, sempre em sua bagagem de mão e com as receitas e um relatório sucinto de sua condição (preferencialmente com cópias em inglês). Reações alérgicas, efeitos colaterais e interação com os medicamentos que o viajante já toma devem SEMPRE ser observadas.
Observe que em clima quentes, certos cuidados devem ser diferenciados com a conservação dos remédios.

Observar datas de validade dos medicamentos e acondicionamento na bagagem de mão (principalmente líquidos). Alguns medicamentos, como a insulina, estragam se levados na bagagem despachada, pois durante o vôo, as temperaturas do compartimento de carga podem chagar a - 60°C!


Para destinos realmente remotos, um kit com seringa e agulha estéreis pode ser uma boa idéia. Muita atenção para este item, pois em alguns países, as autoridades da alfândega de certos países (principalmente no sudeste asiático) tiveram muitas experiências no passado com usuários de drogas. Suspeitas como essa podem gerar uma situação desagradável para o viajante.

Medicamentos falsos.

Casos já foram reportados de medicamentos falsificados em países em desenvolvimento que na melhor das hipóteses não terão efeito algum. Procure comprar em grandes centros ou de estabelecimentos confiáveis.

Sugestão de itens a levar, além dos remédios de uso contínuo*:

  • Analgésico / antitérmico (paracetamol, dipirona, ibuprofeno, AAS, etc).
  • Antigripais (combinações de analgésicos, descongestionantes, vitamina C, etc).
  • Antiinflamatório (Diclofenaco, ibuprofeno, cetoprofeno, etoricoxib, etc).
  • Antialérgicos (fexofenadina, loratadina, prometazina,etc).
  • Antiespasmódicos (diciclomina, dimeticona, hioscina, homatropina, etc).
  • Antidiarréicos (loperamida, carvão vegetal, kaolin pectina, salicilato de bismuto, etc).
  • Antieméticos (metoclopramida, bromoprida, dimendrinato,etc).
  • Material de curativo (gaze, atadura, spray antisséptico, micropore, pinça),
  • Antibiótico de amplo espectro para infecções respiratórias.
  • Antibiótico de amplo espectro para infecções gastrintestinais.
  • Pomadas antibiótica e antialérgica.
  • Repelentes à base de DEET, manteiga de cacau, protetor solar, creme hidratante, lenços para higiene.
  • Indutores do sono (zolpiden, temazepan, etc) e reguladores (melatonina, etc).
  • Cremes vaginais para infecção fúngica (miconazol, clotrimazol, etc).
  • Medicações para altitude (acetazolamida, dexametasona).
*observar alergias, interações com os remédios habituais e contra-indicações antes de tomar qualquer item.

*a maior ou menor necessidade de alguns itens dependem das condições de temperatura, umidade do ar e altitude do destino.
Consulte sempre um médico e boa viagem!

Porque fazer seguro de viagem

Ficar doente nunca é bom, mas longe de casa pode ser ainda pior. Dificuldades de comunicação pelo idioma, barreiras culturais, insegurança, medo e alto custo são alguns dos pontos importantes para se considerar. Viajar protegido com a cobertura de um seguro de viagem lhe ajudará muito no caso de necessidade, independente da duração da viagem. Um pé quebrado no exterior pode custar mais caro que a viagem toda.
O valor da cobertura deve ser contratado de acordo com o destino. Por exemplo, locais afastados de bons centros médicos, exigem uma cobertura maior para repatriação sanitária (remoção do viajante para um grande centro ou retorno ao seu país) e a Comunidade Européia exige um valor mínimo de contratação de seguro para o viajante que não é cidadão europeu. A escolha da cobertura adequada deve levar em conta o tempo de estada, a condição de saúde do viajante e o grau de tranqüilidade que o viajante quer ter na viagem. Para uma viagem internacional a recomendação é que a cobertura seja no mínimo US$ 20.000 (Europa 30.000 euros) e recomendável pelo menos US$ 100.000 para destinos mais afastados.

Lembre-se que o seguro viagem é um serviço de ASSISTÊNCIA e não um convênio médico, por isso o viajante deve estar bem informado sobre sua cobertura.

Provê assistência tanto para emergência médica, jurídica, adiantamento de fundos e outros aspectos relacionados à viagem.
Doenças pré-existentes, casos não emergenciais ou acidentes ocorridos na prática de esportes provavelmente não terão cobertura alguma.
Esteja bem informado antes de contratar um seguro.
Prefira empresas idôneas que tenham central de assistência 24horas que fale português e aquelas empresas que estão aptas a pagar diretamente o prestador de serviço no destino, evitando a necessidade de reembolso. Várias empresas nacionais e internacionais, cartões de crédito e seguradoras tem produtos prontos para o viajante.

Vai fazer intercâmbio?

Estudar no exterior oferece uma excelente oportunidade de aprendizado, cultura e crescimento pessoal. Diferenças culturais e climáticas são os maiores obstáculos a serem vencidos para que tudo seja perfeito durante a viagem. A Medicina do Viajante tem como objetivo minimizar estas diferenças e diminuir o impacto de uma doença enquanto vivendo fora do Brasil. Cerca de 40% dos intercambistas brasileiros no exterior necessitam atendimento médico nos primeiros três meses de viagem.

Antes de viajar, consulte o ambulatório do viajante para obter informações sobre as vacinas necessárias. Sarampo e rubéola, por exemplo, ainda não foram erradicadas na Europa e no Canadá a hepatite B é bastante prevalente.
Dependendo do destino, você precisará da carteirinha internacional de vacinação e a comprovação de vacina contra a febre amarela. Preferencialmente venha de quatro a seis semanas antes da partida, para dar tempo de receber todas as vacinas. Se seu roteiro incluir áreas rurais, altitude ou extremos de temperatura ou se fizer algum tratamento específico para alguma doença, você merece uma atenção individualizada.
Estando doente, não é um bom momento para aprender um idioma. Informe-se no ambulatório do viajante sobre médicos que falam português no exterior e locais de atendimento específicos se você tiver alguma doença pré-existente.

Prepare um Kit de primeiros socorros sob medida para o destino (ver matéria de 06/01/2007), e leve receitas e relatórios em inglês para não ter problemas na alfândega.
Aprenda sobre os riscos do destino e como evitá-los. Seu novo lar não tem mais ou menos doenças que sua cidade, apenas diferentes, e você tem como evitar.
Contrate um bom seguro de viagem, um pé quebrado pode custar mais que a viagem toda.

Uma página útil para quem vai estudar fora é www.studentsabroad.com (em inglês).

Aproveite ao máximo esta experiência e, Boa Viagem!

Enjôo de viagem

O que é cinetose ou enjôo de viagem?

Também chamada de doença do movimento, consiste em uma progressão de sintomas, que inicia com um mal-estar gástrico, evolui com náusea e finalmente culminam com vômitos. Além dos efeitos gastrintestinais, há também uma sensação de calor, tontura, respiração rápida, salivação e dor de cabeça, associados com palidez e sudorese fria. O sistema nervoso tenta compensar os efeitos do movimento contínuo, mas às vezes não é suficiente.


Existem pessoas mais susceptíveis ao enjôo durante viagens?

Sim. Mulheres são mais susceptíveis que homens, principalmente durante o período menstrual e na gravidez. Pessoas que apresentam enxaqueca também têm maior chance de apresentar doença do movimento. Quanto à idade, crianças até dois anos de idade muito raramente apresentam sintomas, mas dos dois aos 15 anos é que os sintomas tornam-se mais freqüentes. Após os 15 anos há um declínio na intensidade dos sintomas até a terceira idade, onde raramente se têm sintomas.


O que fazer para evitar?

Ficar na parte mais estável do veículo, sentar-se confortavelmente, encostando todo o corpo na poltrona. Mover a cabeça o mínimo possível, evitar fixar o olhar em um ponto fixo, como na leitura. Preferir sempre olhar para o horizonte. Em cruzeiros marítmos, procure escolher uma cabine no meio do navio, próxima ao nível da água. Em aviões, sente-se na direção das asas e em ônibus no terço anterior do salão. Refeições leves antes da viagem e roupas confortáveis também ajudam na prevenção.


E o que desencadeia o enjôo?

Tanto o movimento como a sugestão visual de movimento (cinema 3D, vídeo games). Pode ocorrer quando se viaja na terra, água ou ar, sendo no mar a forma mais conhecida e freqüente. O enjôo é uma resposta normal a um estímulo anormal. Através da visão, da propriocepção e do sistema vestibular o corpo identifica o movimento e tenta compensá-lo no centro do equilíbrio. Alguns fatores, como ingestão de grande quantidade de comida, consumo de álcool, pouca ventilação e odores tornam os sintomas ainda mais intensos.


Qual o tratamento para o enjôo de viagem?

O melhor resultado é conseguido na prevenção do enjôo. Depois de instalado o quadro os sintomas são mais intensos e não respondem muito bem ao tratamento com medicação. É sempre melhor prevenir do que tratar. Anti-histamínicos, anti-muscarínicos e anti-dopaminérgicos são as drogas de escolha. Pela grande quantidade de efeitos colaterais e interação com outras drogas e interferência em certas doenças, sempre converse com seu médico antes de usar estes remédios. Alguns trabalhos mostram que pulseiras de acu-pressão, que estimulam o P6 ou ponto de Neiguan, localizado a três dedos do punho, entre os tendões do palmar longo e do flexor radial do carpo diminuem a sensação de náusea. Existem modelos comerciais destas pulseiras que podem ser adquiridos no exterior ou via Internet.


E a tontura que aparece depois que se desce do navio?

Ocorre quando o sistema nervoso consegue neutralizar com sucesso os efeitos do movimento e quando este movimento cessa, ocorre o chamado“Mal de debarquemént”. São sintomas que ocorrem sempre em terra, após o viajante descer da embarcação, depois de ter viajado tranqüilamente sem sintomas. Pode durar de horas até meses. Não responde bem à medicação convencional, sendo necessária sedação com benzodiazepínicos na fase aguda.


Boa Viagem!

Vacinas para viagem

Como saber quais vacinas devo tomar antes de uma viagem?
Você pode visitar o ambulatório de Medicina do Viajante do hospital ou seu médico, para que eles possam auxiliá-lo a decidir quais vacinas estão indicadas para sua viagem. Seria melhor que você os procurasse com pelo menos um mês de antecedência, mas se precisar viajar de última hora, ainda assim é recomendável. Lembre-se sempre de levar na consulta sua carteira de vacinação ou anotações das vacinas que você já tomou.

Como o médico decide quais vacinas estão indicadas para mim?

Existem benefícios, riscos e custos para todos os tipos de vacinas. Recomendamos uma vacina quando seu benefício é maior que o risco e o custo. Você deve tirar todas as dúvidas que tiver sobre cada vacina com seu médico. Há dois grupos de vacinas. Aquelas que fazem parte do esquema vacinal de rotina ou calendário vacinal, que você deve tomar independente da sua viagem, e aquelas que você deverá receber apenas se for viajar.



Vacinas da rotina ou calendário

Existem diversas vacinas que são consideradas da rotina. A maioria delas você deve ter tomado na infância.
  • Você deve receber a cada 10 anos a vacina contra Tétano e difteria (Td) e as vezes contra coqueluche (DPTa).
  • Você deve ter recebido pelo menos 2 doses da vacina contra Sarampo em algum momento da sua vida. Considerar reforço antes de viajar para alguns países da Europa.
  • Se você viajar para locais onde exista poliomielite (paralisia infantil) você deve receber um reforço da vacina contra polio, pelo menos uma vez depois de adulto (ver mapa).
  • Se você tiver mais que 65 anos ou tiver imunidade comprometida, você deve receber a vacina contra pneumonia (pneumocóccica).
  • Se você nunca apresentou varicela ou recebeu a vacina, você deve mencionar para seu seu médico.

Vacinas para viagem


Hepatite A
Hepatite A é uma infecção muito comum que as pessoas adquirem com água ou alimentos contaminados. Dependendo onde você nasceu, você pode ter apresentado esta doença durante a infância, pois quando a hepatite A é adquirida na infância ela constuma apresentar quadros leves. Por outro lado, se você adquiri-la depois de adulto, você poderá ficar muito doente e até morrer. Você pode fazer um exame de sangue para verificar se você já teve esta doença algum dia (pergunte ao seu médico). Se você já apresentou Hepatite A na infância você não corre risco de pegá-la novamente. Se você não souber e não fizer o teste que confirme, você deverá receber a vacina antes da sua viagem. È preciso apenas uma dose antes da viagem para sua proteção, mas você deverá receber uma segunda dose em 6-12 meses para ficar protegido pelo resto da sua vida.


Hepatite B
Embora tenha sido incorporada ao calendário vacinal, muitas pessoas ainda não são imunes à hepatite B. Esta doença é transmitida por via sexual e pelo sangue (transfusão de sangue, agulhas contaminadas em procedimentos médicos, odontológiocos, acupuntura, tatuagem, piercing e compartilhamento de drogas endovenosas). Recomendamos a vacina universalmente, mas especialmente para viajantes com destinos à zona de risco (ver mapa), estada prolongada ou sujeitos aos riscos citados acima. O esquema vacinal tradicional são 3 doses divididas num intervalo de 6 meses, mas para viajantes podemos usar o calendário acelerado ou hiperacelerado quando necessário. A vacina dada em 3 doses confere imunidade permanente.


Febre Tifóide
Febre tifóide é outra doença que geralmente é adquirida através de água ou alimentos contaminados. Esta doença costuma causar febre muito alta e dor abdominal, podendo ficar muito grave e levar ao óbito. Se você estiver visitando amigos ou família em uma área de risco, saiba que você é o principal tipo de viajante a ser infectado. Existe uma vacina contra esta doença tanto na forma de comprimidos, quanto de injeção. Leva 7 dias para tomar todos os comprimidos e costuma ser um pouco complicado. Esta apresentação da vacina (comprimidos) confere proteção por 5 anos, depois disso você deve repetir a vacinação. Já, na forma de injeção, necessita-se apenas de uma aplicação. Esta forma da vacina confere proteção por 2 anos, depois disso você deve repetir a vacinaçã o. Está particularmente indicada para viagens à Àsia e África.


Meningite
Meningite é uma infecção que acomete o líquido que banha o cérebro. Muitas pessoas possuem um certo tipo de bactéria que pode causar meningite vivendo em suas bocas, mas sem deixá-los doente. Entretanto, quando outra pessoa entra em contato com secreções respiratórias destes indivíduos (Tosse, por exemplo), elas podem ficar muito doentes e morrer. Contra este tipo de meningite existe uma vacina específica. Esse tipo de meningite é especialmente comum em algumas partes da África e se você estiver viajando para estas regiões, seu médico deverá recomendar a vacina. Também, se você for da religião Islâmica e for realizar a perigrinação a Meca (Por exemplo, o Hajj), pode ser necessário que você receba a vacina, pois esta doença é comum nestas situações. Em outras áreas, tamb&e acute;m pode estar indicado se você ficar na comunidade, principalmente por períodos muito prolongado. Existem diversos tipos de vacina, pergunte ao seu médico qual a melhor e o intervalo para uma segunda dose.


Gripe
A gripe (influenza) causa febres, tosse, dores de cabeça e pelo corpo e pode causar um quadro grave. Em areas com clima temperado, ela ocorre durante o inverno, mas nos trópicos (Fortaleza, por exemplo) ela ocorre durante todo o ano. É muito comum acometer viajantes e para se proteger você deve receber a vacina, que confere proteção somente por um ano. A vacina do hemisfério Norte é diferente da do hemisfério sul. Recomendo fortemente para quem vai participar de cruzeiros marítmos.


Raiva
Raiva é uma doença extremamente grave que as pessoas adquirem normalmente com a mordida do cachorro. Muitos outros animais podem causar esta doença, como por exemplo, macacos e morcegos. Todas as pessoas que ficam doentes, morrem da doença. Existe uma vacina para proteger contra a raiva, caso você tenha risco de contrair a doença. Esta vacina é cara e você deve tomar 3 injeções , em um período de 3 semanas. Viajantes para o sudeste asiático e subcontinente indiano devem considerar esta vacina, dependendo do propósito e da duração da viagem . Crianças apresentam maior risco de serem mordidas por cachorros e também podem tomar a vacina. Independente de tomar ou não esta vacina, antes da sua viagem, se você for mordido por um animal, principalmente um cachorro, você deve lavar vigorosamente a ferida por 5 minutos com água e sabão, e pro curar um médico o quanto antes.

Febre Amarela
Febre amarela é uma doença muito grave e geralmente letal, que ocorre em diversas áreas da África e da América do Sul. A vacina contra febre amarela é muitas vezes obrigatória, para viagens em países de risco. Se você receber esta vacina, você deverá também receber um certificado internacional, que você deve levar consigo para provar que você é vacinado. A doença é transmitida através da picada de um mosquito, portanto deve-se tomar os cuidados contra picada de mosquito. Você necessitará repetir a vacina somente dentro de 10 anos.


Encefalite Japonesa
Esta doença ocorre no Sul e Sudeste da Ásia (ver mapa). A doença é transmitida através da picada de um um mosquito, principalmente nas áreas rurais onde são criados porcos. Se você for visitar regiões fora das grandes cidades por um período superior a 30 dias, seu médico deverá recomendar esta vacina para você. Você necessita pelo menos 3 doses em dias separados, o que deve ser feito algumas semanas antes da sua viagem, para que você fique totalmente protegido. Esta vacina não existe no Brasil, por isso podemos agendá-la em outro países, antes da chegada à area de risco.


Encefalite Viral da picada do carrapato
Esta encefalite é uma doença que ataca o sistema nervoso causada por um flavivírus (da mesma família da dengue) e é transmitida pela picada do carrapato.As áreas de risco compreendem os campos abertos das áreas rurais da República Tcheca, Slováquia, Hungria, Austria, Suiça, Alemanha, Polônia, Lituânia, Estônia, Latvia, Suécia e extende-se até a Sibéria na antiga União Soviética (ver mapa). Esta vacina é recomendada somente em viajantes muito selecionados. Também não está disponível no Brasil

Cólera

Devido ao baixo risco do viajante adquirir cólera, esta vacina não é recomendada de rotina.
Tome suas vacinas e boa viagem!

Seus ouvidos doem na aterrissagem?

O barotrauma ou barotite aguda é a complicação mais comum durante uma viagem aérea e ocorre quando o ouvido sofre com a diferença de pressão dentro e fora do tímpano. É mais comum em crianças e na presença de resfriado, gripe, otite, faringite ou alergias.
Quando o avião sobe, os gases se expandem, ou seja, ocupam mais espaço. O ar presente nas vias aéreas então entra no ouvido médio, dilatando-o. Na descida ocorre o contrário. Os gases se retraem, o ar fica preso dentro do ouvido médio, ocupando menos espaço e “esticando” o tímpano. È daí que vem a dor.

A pressão pode ser tão grande que pode “arrebentar o tímpano”. Além da dor, a sensação de “ouvido tapado”, vertigem ou até sangramento podem ocorrer. Os sintomas podem durar minutos ou até mesmo semanas. Quando os sintomas durarem mais que algumas horas, ou forem muito intensos, um exame clínico se faz necessário. E o que fazer para evitar?
Quando engolimos algo, a comunicação entre o nariz (ambiente) e o ouvido abre-se por pouco tempo (através da trompa de Eustáquio), deixando um pouco de ar entrar e aliviar a pressão. Por isso, mascar chiclete, tomar líquidos ou até mesmo engolir a própria saliva durante a descida ajudam a equilibrar a pressão dentro do ouvido.

Outras manobras que promovam ativamente a abertura da trompa de Eustáquio, como a Manobra de Valsalva (expirar suavemente, com a boca fechada e os dedos comprimindo o nariz) também ajudam no equilíbrio da pressão. Por este motivo, é importante que o viajante permaneça acordado durante o pouso da aeronave.
E, principalmente, NUNCA viaje resfriado ou em crise de rinite alérgica. Quando for impossível remarcar o vôo, um tratamento específico pode ser feito até 24h antes do embarque. Descongestionantes, antiinflamatórios e corticóides podem ser usados na prevenção e no tratamento do barotrauma. Informe-se no ambulatório do viajante como prevenir e tratar esta complicação.


Boa viagem!

Quem tem medo de avião?

Medo de voar – aviofobia

Você sabia que 6 em cada 10 pessoas sentem alguma ansiedade durante o vôo?
Para saber se você tem aviofobia, basta responder sim a uma destas duas perguntas:

A) Você já desmarcou algum vôo para viajar por outro meio de transporte, ainda que lhe tomasse mais tempo?

B) Você já tentou reduzir a ansiedade do vôo através do álcool e de remédios?

As causas da aviofobia variam desde a sensação da falta de controle da situação de estar “flutuando” sem os pés em terra firme, a fobia de locais fechados, por não poder “sair” na hora que desejar ou ainda o medo de acidentes aéreos. Muitas vezes as pessoas têm ciência de que seu medo é irracional, sabem que viajar de carro é estatisticamente muito mais perigoso, mas ainda assim não conseguem relaxar durante uma viagem aérea. O medo de voar pode se manifestar simplesmente por pensamentos indesejados ou ainda por sintomas como tremor, suor excessivo, coração acelerado, dificuldades para respirar, boca seca, tontura, entre outros. Alguns passageiros reagem ainda, mostrando agressividade aos companheiros de viagem ou aos tripulantes.Devido aos recentes acidentes e o número de pousos de emergência ocorridos nos últimos meses, tornou-se ainda mais difícil encarar um vôo com serenidade.

Mas existe alguma maneira de evitar esse desconforto? Sim. Uma abordagem multidisciplinar entre a medicina do viajante e a psicologia/psiquiatria tem obtido sucesso no controle do medo de voar de muitas pessoas.

Veja a seguir como se baseia o tratamento.

1. Informação.
Conhecer alguns aspectos técnicos do vôo e da aeronave, bem como reconhecer que o medo pode fazer com que nosso corpo reaja com sintomas desagradáveis, ajuda as pessoas a sentirem mais confiança e entender todo o processo de forma mais racional.
2. Aprender estratégias para vencer o medo.
Técnicas de relaxamento muscular e de controle da respiração são muito úteis para evitar sintomas, como por exemplo, a síndrome de hiperventilação. A abordagem cognitiva, examinando aspectos da vida pessoal e identificando fatores de stress são eficientes como estratégias de longo prazo no controle do medo.
3. Confrontar o objeto do medo.
De acordo com a psicologia, evitar situações que induzem ao medo tem o efeito de aumentar os sintomas de ansiedade a longo prazo. A técnica da confrontação (seja por sensibilização, confrontação gradual ou enfrentamento abrupto e intenso) deve ser aplicada. A escolha do método depende da personalidade do paciente.
Para aqueles aviofóbicos que viajam raramente ou cujos sintomas são mais facilmente suportáveis, a prescrição de calmantes naturais ou controlados é a solução mais rápida e fácil. Evitar estimulantes como a cafeína, por exemplo, também é muito importante.
Para aqueles cujo medo de um acidente aéreo é algo insuportável, recomendo a leitura do livro do piloto e escritor francês Saint Exupéry, Vento, Areia e Estrelas, um livro interessante e muito positivo, escrito por quem sobreviveu a várias quedas.
Agora, uma verdade para quem tem qualquer fobia: as pessoas podem suportar muito mais do que elas julgavam ser capazes de suportar.
Boa viagem!

A medicina do viajante

A Medicina do Viajante surgiu no final da década de 1970, no Reino Unido, quando médicos infectologistas se deparavam com doenças tropicais “raras”, a exemplo da dengue e da malária, levadas por turistas. A partir de então, um grupo de médicos começou a se dedicar a estudar a prevenção dessas doenças junto aos viajantes. A especialidade foi se tornando mais complexa com o passar dos anos, tendo chegado ao Brasil nos anos 1990.

Muitos médicos ingressaram na área quase “por acidente”. Segundo Dr. Foltran “é uma área fascinante, que exige bons conhecimentos em clínica médica, medicina aeronáutica, vacinas, doenças infecciosas, medicina de mergulho e de grandes altitudes, além de sensibilidade no entendimento do propósito da viagem. Não é nosso objetivo fazer uma lista enorme de proibições difíceis de seguir e administrar algumas vacinas antes da viagem. A avaliação individualizada de cada viajante e de cada destino tem o objetivo de garantir que as únicas coisas que o viajante traga de volta sejam boas lembranças. Não doenças.”

O Check up do viajante

O que é Medicina do Viajante?
A medicina do viajante é uma especialidade que visa orientar, informar e proteger o viajante e as comunidades que o recebem. Antes de viajar, é preciso se precaver para que o imprevisto de ficar doente não transforme a viagem de férias ou trabalho em pesadelo. O Check-up do Viajante é um serviço para quem viaja pelo Brasil ou para o exterior. O atendimento é prestado por um especialista em Medicina do Viajante, que cuida de situações particulares aos viajantes e doenças do mundo todo.
Quem deve se consultar?

Qualquer pessoa, pois quando viajamos, entramos em contato com microorganismos diferentes, clima, alimentação, pessoas e animais que não estamos acostumados, mas principalmente:
Quem vai morar fora, intercâmbio, cursos de línguas, trabalho no exterior, etc.
  • Quem visita destinos exóticos, lugares muito frios ou muito quentes.
  • Pessoas em tratamento para doenças cardiovasculares, dos intestinos, renais, respiratórios (asma, enfisema), hepatite, pacientes diabéticos, epilépticos, imunocomprometidos, com passado de trombose, anemia severa, casos psiquiátricos ou outra condição de tratamento constante.
  • Situações especiais - cruzeiros marítimo, trilhas, mergulho autônomo, grandes altitudes.
Que riscos existem em uma viagem?

Locais diferentes, riscos diferentes. Ao viajar podemos encontrar destinos até com menos riscos que Fortaleza, porém são riscos diferentes, que devemos conhecer e nos prevenir. As complicações mais freqüentes são doenças infecciosas adquiridas através da água e de alimentos contaminados (diarréias e verminoses) e infecções nas vias aéreas superiores (gripes, otites e faringites). Doenças transmitidas por insetos como malária, febre amarela, dengue e encefalites também são uma possibilidade real em viagens nas áreas tropicais do globo.

Por que eu devo me consultar?

Pesquisas mostram que até 60% dos viajantes, perdem pelo menos um dia de suas viagens dependendo do destino, por motivo de saúde. Consideremos também o possível prejuízo por conta de diárias de hotel, passagens, passeios não desfrutados e ainda remédios, consultas e até internações em hospitais. Nas viagens a trabalho, o prejuízo pode ser ainda maior, tendo em vista a não concretização de negócios importantes. O profissional médico especializado em Medicina do Viajante pode levantar as necessidades específicas de cada destino, como orientações, vacinas, preparação de relatórios médicos em outros idiomas, autorizações de vôo e ainda prescrição de medicações preventivas. É um profissional familiarizado com situações especificas dos viajantes, com contatos na rede de médicos especializados em Medicina do Viajante e com grande conhecimento na distribuição global de determinadas doenças.

Como é a consulta?


Pode ser individual ou familiar. A consulta individual dura 50 minutos e o retorno, que é marcado na 1ª visita, 20 minutos. Para famílias o tempo varia até 2 horas. O médico faz um exame completo no paciente e vê os riscos específicos da viagem, do vôo, vacinas necessárias, epidemias no destino e cuidados com doenças préexistentes. No retorno, o viajante recebe as recomendações, receitas, relatórios médicos (em inglês também), orientação de seguro-viagem, telefones de clínicas e/ ou médicos no destino. Durante a viagem, ficamos à disposição por telefone, e aquele indivíduo que retorne doente, auxiliamos o médico assistente na investigação de possíveis problemas relacionados à viagem.

O que eu devo levar para a consulta?

Roteiro (detalhado) da viagem programada. Todas as paradas, escalas, tipo de transporte utilizado, acomodação, propósito da viagem, alergias a alimentos e medicamentos, tratamento médico atual, comprovantes de vacinas recebidas anteriormente e procurar obter de familiares - e anotar - informações relativas às vacinas já recebidas.

Quanto tempo antes da viagem eu devo marcar a consulta?


Preferencialmente quatro a seis semanas de antecedência para algumas vacinas fazerem efeito, mas em casos excepcionais a qualquer momento, até na véspera da viagem.