segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Seus ouvidos doem na aterrissagem?

O barotrauma ou barotite aguda é a complicação mais comum durante uma viagem aérea e ocorre quando o ouvido sofre com a diferença de pressão dentro e fora do tímpano. É mais comum em crianças e na presença de resfriado, gripe, otite, faringite ou alergias.
Quando o avião sobe, os gases se expandem, ou seja, ocupam mais espaço. O ar presente nas vias aéreas então entra no ouvido médio, dilatando-o. Na descida ocorre o contrário. Os gases se retraem, o ar fica preso dentro do ouvido médio, ocupando menos espaço e “esticando” o tímpano. È daí que vem a dor.

A pressão pode ser tão grande que pode “arrebentar o tímpano”. Além da dor, a sensação de “ouvido tapado”, vertigem ou até sangramento podem ocorrer. Os sintomas podem durar minutos ou até mesmo semanas. Quando os sintomas durarem mais que algumas horas, ou forem muito intensos, um exame clínico se faz necessário. E o que fazer para evitar?
Quando engolimos algo, a comunicação entre o nariz (ambiente) e o ouvido abre-se por pouco tempo (através da trompa de Eustáquio), deixando um pouco de ar entrar e aliviar a pressão. Por isso, mascar chiclete, tomar líquidos ou até mesmo engolir a própria saliva durante a descida ajudam a equilibrar a pressão dentro do ouvido.

Outras manobras que promovam ativamente a abertura da trompa de Eustáquio, como a Manobra de Valsalva (expirar suavemente, com a boca fechada e os dedos comprimindo o nariz) também ajudam no equilíbrio da pressão. Por este motivo, é importante que o viajante permaneça acordado durante o pouso da aeronave.
E, principalmente, NUNCA viaje resfriado ou em crise de rinite alérgica. Quando for impossível remarcar o vôo, um tratamento específico pode ser feito até 24h antes do embarque. Descongestionantes, antiinflamatórios e corticóides podem ser usados na prevenção e no tratamento do barotrauma. Informe-se no ambulatório do viajante como prevenir e tratar esta complicação.


Boa viagem!

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